O Portal Único de Comércio Exterior, fundamentado no Decreto nº 8.229 de 2014, destaca-se como um exemplo global da Convenção de Quioto revisada, posicionando o Brasil como referência de colaboração entre os setores público e privado perante o mundo.
Durante a 28ª edição da Intermodal South America, Alexandre Zambrano e Tiago Barbosa, representantes do Programa Portal Único de Comércio Exterior, apresentaram os resultados positivos alcançados pelo Siscomex.
Mediado por Angelino Caputo, da ABTRA, o painel contou ainda com a participação de Karen Lopes, da Citrosuco, e Helmuth Hofstatter, da Logcomex, oferecendo insights do setor privado.
Siscomex: Portal Único
Alexandre Zambrano, Gerente do Programa Portal Único de Comércio Exterior pela Receita Federal do Brasil, destacou que o sistema foi implementado em módulos e encontra-se 90% concluído.
Desde 2018, todas as exportações passam pelo portal único, resultando em uma economia de R$ 250 bilhões e um crescimento de 50% nas exportações.
Programa OEA: o Próximo Passo
Conforme mencionado pelo representante da Receita Federal do Brasil, entre 32% e 34% das exportações brasileiras são realizadas por empresas certificadas pelo Programa OEA, que em 2023 experimentaram uma liberação de carga 72% mais rápida do que as demais.
A meta é que o Brasil alcance, em breve, 50% das exportações, proporcionando benefícios às transportadoras, como maior produtividade e visibilidade da carga no canal único de inspeção.
Tiago Barbosa, Gerente do Portal Único de Comércio Exterior da SECEX, destacou o despacho sobre águas e despacho sobre as nuvens como benefícios do Programa OEA.
A Visão do Setor Privado
Segundo Helmuth Hofstatter, C&O e Fundador da Logcomex, é crucial que o Comex seja considerado estratégico, não apenas um custo. Para o executivo, as importações podem ser uma fonte rentável e um diferencial para as empresas brasileiras.
Contudo, para isso, é essencial que as empresas tenham visibilidade de todo o processo de importação. O palestrante citou a Amazon como exemplo, onde os compradores têm acesso a cada etapa do processo de entrega. Atualmente, essa visibilidade é limitada para o importador.
Karen Lopes, Gerente de Terminal Portuário da Citrosuco, apresentou as soluções adotadas pela empresa, como o uso de 6 navios próprios.
Além disso, a empresa utiliza soluções digitais integradas, como CCL Digital, que proporcionaram um ganho de produtividade de 30% com o uso de IoT, Inteligência Artificial e análise de dados no monitoramento, rastreamento e gerenciamento da frota de veículos.
Para o Comex, o projeto Track & Trace, aliado ao CRM dos principais fornecedores, possibilita visualizar a localização do contêiner, em qual estágio do processo se encontra, para qual canal a mercadoria foi direcionada e se já chegou ao destino. Essa visibilidade também auxilia a empresa a selecionar os armadores com melhor confiabilidade e tempo de entrega.
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