A estocagem e a armazenagem são dois termos bastante utilizados no contexto logístico, contudo, muitas vezes, podem gerar confusão em relação ao seu significado e diferenças.
Além de possuírem definições diferentes, as atividades têm finalidades distintas e ambas, sendo ambas capazes de afetar a qualidade do serviço de logística oferecido aos clientes.
Para falar sobre o assunto, conversamos com Luciano Furtado C. Francisco, Administrador e Analista de Sistemas e Professor-Tutor no Grupo Uninter.
Continue a leitura para saber mais!
Entendendo a diferença fundamental entre estocagem e armazenagem na logística
A estocagem e a armazenagem são conceitos fundamentais no contexto logístico. Apesar de parecidos, eles possuem significados diferentes, conforme explica o entrevistado Luciano Francisco.
“Estocagem na logística refere-se basicamente às atividades de acondicionamento de produtos no estoque”, explica.
“Já a armazenagem engloba atividades mais abrangentes, incluindo a gestão de inventários, do próprio armazém como um todo, transporte e manuseio de materiais, além de atividades de distribuição”, complementa.
Objetivos e finalidades da estocagem e da armazenagem em uma operação logística
Realizar uma boa estocagem e armazenagem das mercadorias impacta diretamente na qualidade do serviço oferecido aos clientes. O especialista destaca mais sobre o tema.
“A estocagem e a armazenagem visam otimizar o fluxo de produtos, assegurar disponibilidade para atender à demanda, reduzir custos operacionais, minimizar riscos de danos e perdas, facilitar a movimentação eficiente de produtos, além de contribuir para a eficácia da cadeia de suprimentos”, reflete.
O papel da estocagem e da armazenagem na gestão de estoques de uma empresa
Tanto a estocagem quanto a armazenagem desempenham papéis fundamentais na gestão de estoques de uma empresa.
Logo, a eficiência dessas atividades impacta diretamente na disponibilidade de produtos, nos custos operacionais e na satisfação do cliente.
“Uma gestão adequada contribui para otimizar os níveis de estoque, minimizar perdas, reduzir custos de armazenagem e agilizar processos gerais logísticos, resultando em uma cadeia de suprimentos mais eficiente e competitiva”, opina o docente.
Papel da estocagem na quantidade e disponibilidade dos produtos para atender a demanda dos clientes
De acordo com Luciano Francisco, uma estocagem eficiente impacta diretamente na capacidade que a empresa tem de atender às demandas, garantindo a entrega rápida e a melhor experiência do consumidor.
“Uma estratégia correta de estocagem envolve otimização de espaço, organização eficiente e sincronização precisa entre a oferta e a procura, contribuindo assim para a satisfação do cliente”, afirma ele.
Influência da armazenagem na proteção, segurança e organização dos produtos em um armazém ou centro de distribuição
A armazenagem tem um papel gigantesco na proteção dos produtos, afinal é por meio dela que as mercadorias são acondicionadas com o objetivo de prevenir danos físicos e deterioração.
“Além disso, a armazenagem contribui para a segurança, ao se implementar práticas que evitam riscos como incêndios e garantem a conformidade com normas de segurança”, acrescenta o entrevistado.
Outra questão importante diz respeito à organização dos produtos de maneira eficiente no armazém, como frisa Francisco.
“Fazer isso facilita a localização, agiliza as operações, bem como reduz o risco de erros”, pontua.
Melhores práticas para otimizar a estocagem e a armazenagem em uma cadeia de suprimentos
Atualmente existem diferentes práticas para otimizar a estocagem e a armazenagem em uma cadeia de suprimentos. O professor da Uninter cita as principais:
“Podemos citar a implementação de sistemas de gerenciamento de estoque que utilizam tecnologias como RFID e sistemas como ERP e WMS”, inicia Francisco.
“Além disso, há softwares de análise preditiva que ajudam a melhorar a previsão de demanda, minimizando a chance de excessos ou falta de produtos”, prossegue.
Ele complementa, destacando ainda que “a localização estratégica de centros de distribuição e o uso eficaz do espaço de armazenamento também são importantes.”
“Por fim, o monitoramento em tempo real dos transportes e a colaboração com fornecedores e parceiros logísticos ajudam a obter uma cadeia de suprimentos ágil e responsiva às mudanças do mercado”, finaliza nosso convidado.
E já que o assunto é a qualidade dos serviços de logística, continue conosco e conheça mais sobre as implicações da Lei de Proteção de Dados (LGPD) na logística brasileira!