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O reaquecimento do Comex e os prognósticos do segmento

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Apesar da crise global pela pandemia e as incertezas econômicas, o reaquecimento do Comex no Brasil parece superar qualquer expectativa de meses atrás. Saiba mais!

Apesar da crise global por conta da pandemia de Covid-19 e as inúmeras incertezas econômicas que ainda virão pela frente, o reaquecimento do Comex no Brasil parece superar qualquer expectativa pessimista de meses atrás.

De acordo com projeções do governo, o setor deve retomar a sua normalidade até o final 2021, mas mais do que isso, poder atingir também o número exorbitante de US$ 89 bilhões em movimentações, o que representaria 75% de crescimento em relação ao ano passado.

E para entender melhor sobre esse processo de reaquecimento do Comex e prever alguns prognósticos do setor daqui para frente, quem participa de nosso artigo hoje é Lucy Maia, gerente de indústria healthcare na DMS.

Vamos conferir?

Como o Comex está reagindo à retomada após a crise da pandemia?

Ainda que alguns impactos da crise sejam visíveis na economia global, já é possível acompanhar o processo de retomada de muitos setores, entre eles o Comex.

No início da pandemia, as movimentações do Comércio Exterior sofreram com inúmeras decisões dos países, em especial, a de fecharem suas fronteiras. E, em questão de poucos meses, o mundo se viu em um cenário jamais vivenciado na história recente, em que diversas importações e exportações simplesmente paralisaram.

Hoje, mais de um ano após, a situação já é bem mais promissora para o setor, ainda que muitas dificuldades existam. 
Lucy Maia nos explica melhor a seguir:

“A crise ainda persiste, mesmo com os sinais de melhora no cenário econômico mundial, o Brasil está atrasado neste processo principalmente por conta do baixo índice de imunizações contra a Covid-19, forçando o país manter medidas restritivas que retraem a economia.

Mesmo com a circulação de pessoas ainda reduzida, a adaptação do transporte aéreo, por exemplo, foi bem recebida do ponto de vista de atendimento à demanda. 

Contudo as tarifas aplicadas às cargas ainda estão longe de voltar ao que eram antes da pandemia.  Obviamente estes altos custos impactam no valor final dos produtos que chegam ao mercado consumidor. 

Setores não essenciais continuam retraídos, como a indústria automotiva por exemplo. Um novo comportamento do consumidor é esperado para este ano de 2021.”

Como está sendo o crescimento do comércio exterior e o que pode seguir impulsionando-o?

Dando continuidade à sua explicação, Lucy destaca que alguns setores mais específicos servem de exemplo para o reaquecimento do Comex no Brasil e no mundo.

“A indústria farmacêutica, que foi impactada com alguns atrasos de programação e atendimento à demanda, mas que não retraiu, é o exemplo mais clássico do reaquecimento do Comex.

Além deste exemplo, a indústria de tecnologia também é um grande impulsionador do comércio internacional que merece destaque no cenário atual. O crescimento da movimentação do mercado de bens de consumo em plataformas digitais com itens importados de diversos países tem promovido um giro rápido e constante nas negociações do setor, concorrendo com itens essenciais e mantendo o aquecimento do mercado”, destaca a gerente da DMS.

O que pensam os profissionais do Comex sobre outros desafios do setor para o ano?

Aqui, muito além dos desafios operacionais em tempos de crise, nossa convidada ressalta dificuldades locais, que impactam o reaquecimento do Comex mundo a fora, em especial, pela desigualdade e diferentes condições que certas nações têm em enfrentar o problema.

Como já bem destacado anteriormente, Lucy ressaltou o atraso no processo da vacinação no Brasil como um dos fatores que ainda retarda a retomada do setor a sua devida normalidade. Mas ela também destaca outros desafios:

“Com a interdependência entre países, o desafio constante é administrar situações locais que impactam o comércio exterior em cadeia.

Esse desbalanceamento das situações de crise em cada país do mundo torna o processo de retomada da normalidade ainda mais longo e complexo para muitos setores e profissionais.

Enfrentar crises políticas ou incidentes, além de tudo que já temos passado, certamente tira sossego de qualquer profissional de comércio exterior atualmente”, opina Lucy Maia.

Como as novas tecnologias podem seguir colaborando com o Comex?

Entre as inúmeras mudanças e adaptações necessárias no Comex nos últimos meses, a implementação de novas soluções tecnológicas merece destaque especial nesse cenário e, sem dúvidas, já direciona certos processos a uma nova Era das importações e exportações.

Nessa linha de raciocínio, Lucy nos exemplifica algumas dessas inovações que já moldam o futuro do setor no pós-pandemia.

“As conexões não presenciais se tornaram mais simples e acessíveis nesses últimos tempos e isso tem colaborado muito com o reaquecimento no Comex, tanto na otimização de operações do dia a dia, quanto em processos de homologação de fornecedores.

Além disso, a demanda por mais itens de segurança nas comunicações remotas ou serviços que exigem rastreabilidade, por exemplo, também elevaram o nível/necessidade de inovação em muitas empresas e isso não deve mudar com o passar do tempo”, conclui Lucy.

Esses são alguns prognósticos e uma visão geral sobre o reaquecimento do Comex para 2021. Ainda que muitas incertezas e desafios cerceiem o setor, é visível - e promissora – a retomada da normalidade das operações do Comércio Exterior no Brasil e no mundo, inclusive com previsões satisfatórias de lucros e inovações tecnológicas.

Enquanto isso, vamos acompanhando essa evolução! Se você quer saber mais novidades e outros opiniões de especialistas, não deixe de acessar o canal Intermodal Digital e confira muitas outras participações em nossos artigos!

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