O reaquecimento da economia com o avanço da vacinação tem animado todos os setores, e na logística não é diferente.
Porém, o gradual retorno do nível de negócios pré-pandemia trouxe novos desafios ao setor. Um dos principais é a falta de containers nos portos.
A crise dos containers
Com o aumento das transações de importação e exportação em todo o mundo, os navios passaram a ser mais demandados, e o número de containers não está sendo suficiente para suprir toda a demanda.
Uma pesquisa realizada em julho de 2021 pela Confederação Nacional da Indústria, CNI, apontou que mais de 70% das 128 empresas consultadas estão sofrendo com as faltas de containers ou navios, o que tem acarretado em cancelamentos e adiamentos de transportes de mercadorias.
Outro importante fator também aliado à pandemia são as medidas sanitárias de combate à Covid-19. Com as novas medidas, alguns navios demoram mais para deixar ou entrar nos portos, aumentando o tempo de rota.
Segundo um levantamento elaborado pelo professor Thiago Pera, da Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo, divulgado pelo portal G1, o tempo atual de espera no porto de Santos, o principal do Brasil, é de 1 dia e 2 horas, 175% mais alto que a média histórica.
Esses fatores também estão elevando o custo dos transportes, o que impacta diretamente no aumento no valor final dos produtos importados e exportados.
Luz no final do túnel
Porém, existe luz no fim do túnel. Segundo a ABTTC - Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Transportadoras de Contêineres, a situação deve começar a ser aliviada em janeiro de 2022, com previsão de retorno à normalidade no segundo semestre do próximo ano.
Até lá, as empresas buscam se adequar à nova realidade na falta de containers e navios, buscando formas de adiar entregas ou optando por outros modais quando viável.
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