Não é à toa que o setor portuário está repleto de expectativas, afinal, o modelo de gestão dos portos nacionais está prestes a ganhar um novo capítulo em sua história. Isso porque os planos de desestatização portuária do Brasil seguem à todo vapor - com o objetivo de modernizar a gestão portuária do país, reduzir a burocracia, atrair investimentos e melhorar as operações do setor.
Tanto é que o primeiro leilão de desestatização já está marcado para o dia 25 de março, envolvendo os Portos de Vitória e Barra do Riacho, no Espírito Santo. A previsão, segundo o Ministério da Infraestrutura, é de atração de R$ 334,8 milhões em investimentos e de mais de 15 mil empregos gerados, diretos e indiretos, ao longo do contrato de concessão (que terá vigência de 35 anos, podendo ser prorrogado por mais cinco).
Leilão de desestatização do Porto de Vitória na Intermodal 2022
Assunto que será destaque da Intermodal South America (o principal evento da América Latina para os setores logístico, intralogístico, de transporte de cargas, comércio exterior e de tecnologia associada a estes mercados) uma semana antes. De 15 a 17 de março de 2022, no São Paulo Expo, em São Paulo (SP), representantes do Porto de Vitória marcam presença no evento e antecipam ao mercado os detalhes que envolvem esta desestatização.
"Às vésperas de ser desestatizado, estamos vivenciando um momento único na história do Porto. Por isso, convidamos os players do setor a nos visitarem na Intermodal 2022, onde preparamos o espaço ideal para apresentar ao mercado o porto que está pronto para seguir crescendo. Afinal, a desestatização levará a empresa a um novo patamar de investimentos, crescimento de movimentação e geração de empregos em toda comunidade portuária”, afirma o diretor de planejamento e desenvolvimento do Porto de Vitória, Bruno Fardin.
Porto de Santos no Intermodal South America 2022
Outro processo de desestatização que cria muitas expectativas no mercado é o do Porto de Santos, o maior complexo portuário da América Latina. Com leilão previsto para o fim de 2022, a perspectiva é que sejam atraídos investimentos privados superiores a 18,55 bilhões, além de mais de 60 mil empregos gerados ao longo do prazo de arrendamento (também de 35 anos, sendo prorrogável por mais cinco).
De acordo com o Ministério da Infraestrutura, essa concessão, além de tudo, pode vir a ser a solução para problemas históricos da cidade de Santos (SP), como a travessia seca entre Santos e Guarujá, um projeto que está no papel há 50 anos. Além da desestatização, o Porto de Santos tem a previsão de mais seis leilões de terminais portuários: STS 10 (contêineres), STS 53 (granéis minerais sólidos), STS 11 (granéis sólidos vegetais), TRA Saboó (terminal retro alfandegado), TRA Margem Esquerda (terminal retro alfandegado) e STS 08 (granéis líquidos). Temas que também serão destaques da Intermodal, com a participação do próprio Porto entre os expositores confirmados.
“É uma satisfação para a SPA (Santos Port Authority) participar da Intermodal 2022, especialmente em um ano tão decisivo para o Porto de Santos, em que realizaremos uma série de leilões de áreas estratégicas para o comércio exterior do país e também completaremos o processo de desestatização que se iniciou em 2019”, disse o diretor-presidente da Santos Port Authority, Fernando Biral.
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