As primeiras ferrovias brasileiras datam do Período Imperial e, desde o início de suas operações, tiveram como principal objetivo integrar regiões, escoar a produção do interior até os mercados consumidores e os portos e ainda servir como meio de transporte para as pessoas.
As obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste visam intensificar a participação do modal ferroviário na logística brasileira. Assim, será possível melhorar o transporte de insumos alimentícios, matérias-primas para as indústrias, entre outros itens com maior facilidade.
Márcio Freitas, especialista em logística e professor dos cursos de Gestão e Logística do Senac EAD, nos apresentou um panorama sobre as obras da FIOL.
Leia mais abaixo e tire suas dúvidas sobre o assunto!
A importância da integração da Ferrovia Oeste-Leste para o Brasil
“Podemos dizer que a importância das obras da FIOL está em aprimorar e agilizar o escoamento da mineração e da agricultura das regiões envolvidas. Além disso, buscam facilitar a chegada de insumos e tecnologias, principalmente por meio da ligação portuária com Ilhéus na Bahia”, explica Freitas.
Apresentado dados do Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos Regionais (Enaber), Freitas vai além em sua visão.
“Todo esse processo de escoamento torna-se fundamental para o crescimento e desenvolvimento das regiões. A perspectiva dos resultados projetados apontou um aumento de até 21% no nível de emprego e um impacto positivo do PIB em torno de 5%, ambos no curto prazo”, relembra ele.
Investimentos Cruzados: recurso para acelerar as obras da FIOL
Investimentos Cruzados são contratos em que empresas privadas assumem a obrigação de construir novas linhas férreas. No entendimento de Freitas, eles são importantes para que obras como as da FIOL sejam aceleradas.
Ele exemplifica: “Os Investimentos Cruzados conseguem acelerar as obras devido a um acordo firmado com outras empresas, como a Vale, que fez a aquisição de cerca de 485 Km de trilhos, referentes à extensão FIOL II”.
Expectativas para finalização das obras da FIOL
Freitas comenta que há expectativa para que o trecho I da malha ferroviária FIOL esteja em funcionamento até 2025.
"A previsão é que no seu primeiro ano pelo menos 18 milhões de toneladas sejam transportadas. Em geral, as cargas serão de grãos e minérios de ferro produzidos na região de Caetité”, complementa nosso entrevistado.
Segundo o professor, o segundo trecho da FIOL, que ficará entre Caetité e o Porto de Ilhéus, tem um prazo de conclusão até 2026.
Ele explica, no entanto, que essas são apenas previsões e que mudanças podem ocorrer nos calendários até então divulgados.
“O importante é que esse importante investimento seja concluído o mais rápido possível, a fim de levar ainda mais prosperidade para as regiões, melhorando os custos logísticos de transporte para insumos e produtos produzidos nas regiões”, finaliza Freitas.
Se você quer saber mais, aproveite e leia também nosso artigo sobre a retomada das obras na Ferrovia Transnordestina!
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